A Comissão de Arbitragem chamou esta quarta-feira os jornalistas ao edifício da Liga de Clubes para um balanço das arbitragens na segunda volta dos campeonatos profissionais. Durante a conversa Vítor Pereira aproveitou para fazer uma revelação em relação às notas de todas as actuações dos árbitros até à 26ª jornada, revelação essa que identificou 14 arbitragens (entre Liga e Liga de Honra) com influência nos resultados dos jogos. As actuações em causa, como todas as outras, não foram identificadas.
A essas 14 arbitragens há porém que acrescentar pelo menos mais duas, relativas à 27ª jornada (que não entrou ainda nas contas da Comissão de Arbitragem reveladas aos jornalistas): a arbitragem de Carlos Duarte no P. Ferreira-U. Leiria e a arbitragem de Olegário Benquerença no Académica-Sp. Braga. Sobem assim para dezasseis, pelo menos, arbitragens com influência no resultado. Estas arbitragens correspondem a notas dadas pelos observadores dos árbitros inferiores a 7,5 valores.
De resto, acrescentou Vítor Pereira, há nove pontuações com nota superior a 8,6 (Muito Bom), há 372 pontuações com nota entre 8,0 e 8,5 (Bom) e há 21 pontuações com notas entre 7,6 e 7,9 (Razoável, mas abaixo das expectativas da Comissão de Arbitragem). «No global o balanço parece-nos francamente positivo e de acordo com as exigências das competições», considerou Vítor Pereira. «Para além disso temos protagonizado um combate ao uso dos cotovelos, sendo que os árbitros têm feito um grande esforço para que o jogo seja fluído. Tem havido mais tempo útil de jogo e aos poucos as situações de simulação de faltas têm diminuído. O jogo violento ainda não acabou, continua a haver situações em que jogadores colocam em risco a integridade física de colegas de profissão, mas os árbitros têm estado atentos e têm agido em conformidade».

«Enquanto não houver situações de igualdade em todos os estádios, não podemos avaliar os árbitros pela televisão»Pelo meio perguntou-se a Vítor Pereira por que é que alguns árbitros tinham notas tão díspares na avaliação do observador em comparação com as notas na imprensa. O exemplo dado foi o de Pedro Henriques, que recentemente se queixou do mesmo. «A nota da comunicação social é uma nota não especializada, é uma nota de senso comum», respondeu Vítor Pereira. «A nota do observador tem um protocolo próprio e está focada em todas as decisões do árbitro ao pormenor». Para já continuará a ser assim. «Enquanto não houver condições iguais em todos os recintos da Liga e da Liga de Honra para registo magnético, não faz sentido introduzir o vídeo na observação dos árbitros. Mas podemos revelar que estamos a trabalhar no sentido de alterar o modelo de observação do árbitro, impondo critérios de observação mais objectivos. Já na próxima época».
"in maisfutebol"

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